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da criação da Academia Carioca de Direito, que reúne em sua fundação, com 25 cadeiras, juristas de escol, que escolheram patronos invejáveis. O que, por si só, revela a importância que a novel academia ostenta no cenário nacional.
Aliás, Bernardo, os juristas que tomam posse hoje jamais se esquecerão de que o fizeram por sua iniciativa e na sua presença. Quer você queira ou não, esse fato se reveste de simbolismo por tudo o que você representa como bastião da democracia. Você não foi escolhido relator da constituição pela sua habilidade política, como muitos quiseram fazer crer. Foi escolhido pelos pares congressistas pela sua história. Foi escolhido pela sua envergadura.
Disse Fernando Sabino que “Democracia é oportunizar a todos o mesmo ponto de partida. Quanto ao ponto de chegada, depende de cada um.”
Mas é preciso igualar no ponto de partida, ainda que de forma compensatória, para que todos, principalmente as minorias carentes, tenham as mesmas oportunidades na arrancada. Essa é a lição trazida pela Constituição de 1988 que você relatou.
E exatamente essa Constituição que você nos proporcionou, hoje nos defende nesta difícil quadra histórica que atravessamos. Nos defende principalmente dos grupos reacionários que emergiram das profundezas com ideais fascistas e beligerantes, que, pouco inteligentes e socialmente insensíveis, têm ódio dos que vencem pelos méritos e dos grupos minoritários hipossuficientes.
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